Get me outta here!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Manipulação Genética Humana: o que você faria?

O que é?
Qualquer organismo é constituído por células, e dentro de cada uma existe um núcleo, com um conjunto de cromossomos. Os cromossomos são estruturas de DNA (ácido desoxirribonucléico) que contêm toda a informação sobre o organismo a que pertencem. Os genes, constituintes do DNA, representam cada um uma propriedade específica.
A manipulação consiste em retirar os genes de uma cadeia de DNA, introduzindo no seu lugar novos genes. A partir daqui temos um novo organismo geneticamente modificado, que irá expressar as características adquiridas. A manipulação genética humana consiste na manipulação de genes em seres humanos.

As técnicas existentes
Já se pode escolher o sexo dos bebês e selecionar embriões sem distúrbios graves.
Já é possível selecionar o sexo do embrião antes da fecundação, pois há técnica de separação de espermatozóides X do Y.
É possível enxergar os cromossomos dentro das células de um embrião. Com isso, verifica-se a presença de algum defeito causador de doença grave, como a síndrome de Down.
É possível enxergar a molécula de DNA de um embrião. Pode-se ver, dessa maneira, se há incorreções genéticas que levam a diversas enfermidades, como a fibrose cística e a adrenoleucodistrofia.











O futuro da Manipulação Genética:
A decodificação do código genético humano, em curso, irá num futuro próximo possibilitar manipular de forma precisa os genes dos seres humanos, de modo a realizar algo semelhante ao que se faz com as plantas e os animais.
Os médicos vão poder mexer diretamente nos genes dos embriões e, assim alterar os seus traços hereditários. Os pais vão poder decidir se querem que seus filhos nasçam mais resistentes a infecções, mais bonitos ou mais inteligentes.

As diversas formas de pensamento
A legislação
A Igreja
A Ética
A Ciência
A legislação brasileira proíbe qualquer intervenção sobre o patrimônio genético sem fins terapêuticos.
Pela lei, só estão autorizadas as alterações nos genes humanos destinados a eliminar defeitos que causam problemas à saúde.
É contra. “O fato de escolher o sexo ou a condição de saúde de uma criança significa deixar de aceitá-la incondicionalmente como pessoa”, diz o padre Márcio Fabri. Aceita que se manipulem os genes do embrião para evitar um mal. Em compensação, não admite nem a fertilização de proveta nem que algum embrião mesmo se fecundado por meios naturais, seja eliminado para que outro nasça perfeito.
Sociedade Brasileira de Bioética busca procurar uma forma de conciliação. “Nenhuma tecnologia, em si mesma, é ética ou antiética”, tudo depende do uso que dermos a ela.



Está dividida. Parece um consenso que os avanços da genética para a manipulação de genes em embriões é válida. Mas há divergência quando pensa na tentativa de alguém querer criar uma “raça superior”, com características que acreditam ser melhores do que outras da espécie humana.
Ainda, sabe-se pouco sobre a manipulação genética e suas conseqüências para a humanidade.

                                  Questões para debate: 
1- Um casal deseja ter um filho homem e procura a técnica genética para realizar esse sonho. Até que ponto um homem ou uma mulher devem intervir nas características dos seus filhos e filhas? Até que ponto nós devemos interferir na genética humana?
      2-  Quem tem acesso à técnica da manipulação genética? Não estará o avanço da tecnologia a aumentar ainda mais as desigualdades sociais?

Filme sugerido para um início de pesquisa:
GATTACA (no Brasil, Gattaca - Experiência Genética) é uma produção americana de 1997. Esta ficção científica aborda as preocupações sobre tecnologias reprodutivas que facilitam a eugenia e as possíveis conseqüências de tais desenvolvimentos tecnológicos para a sociedade.

Fontes:

Autora:
Walnéa Alves (Colégio Pedro II)