Get me outta here!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

EXTRA! EXTRA! PLANTA FOI “PEGA” VICIANDO ABELHAS!



Tomar um café com leite de manhã para acordar, um pedaço de chocolate de sobremesa, um mate gelado no verão... quem não gosta?! Estes alimentos têm uma coisa em comum: a cafeína. Ela é um composto químico que atua sobre o Sistema Nervoso Central favorecendo o estado de alerta, como o aumento da atenção mental e da concentração. Este composto pode ser encontrado também no guaraná, refrigerante de cola e até em alguns analgésicos e inibidores de apetite. Mas não pense você que os únicos a se sentirem recompensados com um cafezinho são os humanos! Cientistas descobriram que “mais de cem espécies de plantas produzem néctar com cafeína”. Os cientistas da Universidade de Newcastle descobriram o motivo: as abelhas gostam de cafeína. As plantas que oferecem a cafeína ajudam a memória da abelha na hora de localizar a flor pelo seu cheiro. Daí, as abelhas preferem polinizar estas plantas que possuem cafeína. Com isso, as abelhas espalham mais pólen, ajudando na reprodução das plantas. Plantinhas espertas essas, hein?!
Apesar de ser utilizada também para solucionar problemas cardíacos, ajudar pessoas com depressão nervosa decorrente do uso de álcool e ópio, a cafeína é uma substância que pode causar dependência física e psicológica, uma vez que para estimular o cérebro a utilizar os mesmos mecanismos das anfetaminas, da cocaína e da heroína. Os efeitos da cafeína são mais leves, porém manipula os mesmos canais do cérebro, uma das razões que pode levar as pessoas ao vício. Em excesso, a cafeína pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e insônia.






DEBATE EM SALA DE AULA:

v  1- A cafeína é considerada droga? Explique.
v  2- Vamos ver se entendeu direitinho? Usando suas palavras, faça um breveresumo explicando a relação entre a cafeína e as abelhas.
 



Autoras:
Professoras Daniela Bahia, Melissa Amparo e Sheila Teixeira.
Fontes:
Fontes imagens:



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Absorção de água pelas plantas é unidirecional e exclusivamente pela raiz. SERÁ VERDADE?

Ao longo da história da humanidade, através de conhecimentos empíricos ou de simples observações, percebeu-se que a absorção de água pelos vegetais ocorre de forma mais constante e efetiva pelas raízes. No ano de 1986 alguns cientistas, dentre eles, Shwevrols, lança um livro em que revisa os principais processos dentro do tema “ Aspectos de transporte de água e soluto nas plantas” onde evidencia a forte tendência a se pensar numa maneira unidirecional e exclusiva de absorção. Segundo a visão mantida e defendida nos livros didáticos, a constante transpiração nas folhas exerce uma força de sucção no interior dos vasos condutores, como alguém que bebe líquido por um canudo, fazendo a água subir até as folhas, enquanto mais água é retirada do solo.
Mas, seria essa uma ideia definitiva?
Folhas de Drimys brasiliensis (casca-de-anta)

Pesquisas realizadas por Rafael Oliveira, publicadas na Revista New Phisiologist, levam a contrapor essa ideia sobre o transporte unidirecional de água nas plantas. Segundo esse ecólogo, algumas plantas como Drimys brasiliensis, popularmente chamada de casca-de-anta, comuns nas matas da Serra da Mantiqueira, têm capacidade de absorver a água pela superfície da folha. Isto seria possível devido a um rearranjo da cutícula, isto é, da película que recobre as folhas que, assim, permitiria a entrada de água. Esse aumento da permeabilidade ocorre mais comumente quando as folhas estão expostas a ambientes mais úmidos.
Então, estariam certos os criadores de plantas, preocupados em tratá-las da melhor forma possível, quando regam-nas por completo para que absorvam mais água?
            Em um contexto ambiental de mudanças climáticas, de necessidade de preservação das florestas e de crédito de carbono é importante se pensar nas respostas fisiológicas das plantas às alterações nos seus ambientes naturais, principalmente as causadas pelo homem.

DEBATE PARA A SALA DE AULA:

1. Qual das duas formas de absorção de água parece mais aceitável e por quê?
2.  No cenário de mudanças climáticas poderemos ter maior quantidade de chuvas fortes e com maior frequência. Qual a importância dessa descoberta cientifica neste contexto?

Fonte: ZOLNERKEVIC, IGOR. Revista Pesquisa FAPESP. Caminho inverso. Edição 208, Junho de 2013. Disponível no site<http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/06/05/caminho-inverso/>.

AUTORA: 
Adrielle Carvalho da C. de Assis
  (Licencianda do curso de Ciências Biológicas/UFRJ)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Rio São Francisco irá secar ou continuará caudaloso?

         O rio São Francisco conhecido popularmente como “Velho Chico” possui uma extensão de 2.800 km, com sua nascente em Minas Gerais este rio abastece os estado: Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Sendo importante para a manutenção das atividades agrícolas, transporte hidroviário, sustentabilidade das regiões ribeirinhas e manutenção da biodiversidade.
 Dado ao seu aporte hídrico discute-se a possibilidade de levar seus benefícios para suprir as regiões semi-áridas do sertão nordestino. Este projeto gera muitas divergências sobre até onde vai à capacidade de transposição do rio sem prejudicar seu regime hídrico.
Segundo algumas correntes como o Fórum de Defesa do Rio São Francisco. A transposição do rio não seria viável, pois é um projeto do século XIX de custos muito elevados que ultrapassarão um bilhão de reais e que a obra causaria o assoreamento do rio, assim prejudicando as atividades econômicas, sociais e ambientais. Essas pessoas são a favor de um projeto revitalização do rio que esta ficando doente com tanta poluição, desmatamento, assoreamento e erosão, graças às grandes barragens e projetos de irrigação; o Rio esta dando sinal de fraqueza com o desaparecimento das espécies migratórias de peixe e a enorme biodiversidade.
Outros pontos de vista, dentre estes está o Governo Federal, afirma que a vazão do rio é suficiente para suprir todos os estados, que foram vários anos de pesquisa para fazer esta obra e seus custos são justificados já que a intenção é levar água para as regiões áridas e semi-áridas (Princípio da Equidade no direito de acesso à água). Estudos feitos pelo Ministério da Integração Nacional dizem que os impactos ambientais sobre o rio seriam irrelevantes, já que a água transposta seria lançada ao mar, caso não fosse bombeada para atender a população sedenta.

Figura 1: O Rio de São Francisco, quem dá vida não pode morrer. Diga não para: desmatamento, transposições, irrigação, poluição, concentração de terras, exploração dos pobres. Retirada do FÓRUM, 

Figura 2: TRANSPOSIÇÃO, QUEM TEM SEDE APÓIA retirado do blog: http://riodaintegracaonacional.blogspot.com.br/

QUESTÕES PARA O DEBATE:
Você acredita que a transposição de águas do rio São Francisco ameaçaria a vida deste recurso natural tão importante? Será que o rio morreria? Ou seria a fonte de vida de diversas populações do sertão nordestino? Qual seria o dano aos biomas aquáticos? Justificaria a transposição de águas?
Diante dos custos elevados, será que os grandes gastos públicos deste projeto são realmente necessários, ou o Governo deveria utilizar estes recursos públicos em outros projetos, como saúde, educação etc?

Fontes:

ANDRADE, Renata Marson Teixeira de. Um povo esquecido: projetos apagam a biodiversidade o território tradicional no Rio São Francisco.
QUEIROZ, Caúla, Bleine e  BATISTA de Moura, Graziella. Aspectos Ambientais e Jurídicos da Transposição do Rio São Francisco.


AUTORES:
Gabriel Cardiano e Robert Castilho
(Licenciandos do curso de Ciências Biológicas da UFRJ).