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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Anorexia e Bulimia: Obsessão pela magreza.

ANOREXIA E BULIMIA: OBSESSÃO PELA MAGREZA


Padrões de beleza foram estabelecidos no cinema, no mundo da moda e na mídia, isso fez com que jovens se empenhassem em alcançar formas corporais nem sempre viáveis à saúde. Ser belo é ser magro ou ter o corpo malhado! A obsessão pela magreza pode desencadear a bulimia nervosa, a anorexia nervosa ou vigorexia nervosa, doenças classificadas no grupo de transtornos alimentares pela Organização Mundial da Saúde (OMS).   Quando abatem artistas ou modelos famosas, os distúrbios viram notícia, mas logo são esquecidos. Enquanto isso é cada vez mais comum encontrar pessoas atingidas pelos problemas de insatisfação com a própria imagem, e determinadas a se enquadrar na ditadura dos corpos perfeitos!
Embora não se tenha exatamente o número de anoréxicos e bulímicos no Brasil e no mundo, sabe-se que as duas doenças são realidade em praticamente todos os países do mundo. Segundo Adriano Segal, diretor de Psiquiatria de Transtorno Alimentar da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a anorexia atinge 1% da população feminina mundial, enquanto que a bulimia chega a 5%.

“São doenças psiquiátricas crônicas causadas por uma complexa interação entre aspectos genéticos, psicológicos e sociais, sempre desencadeadas por dietas alimentares”, observa o médico. “Profissionais valorizados pela forma física, como modelos, bailarinas e jóqueis, têm maior chance de desenvolverem os transtornos, mas com o ‘tsunami’ de regras estéticas absurdas, as doenças atingiram pessoas de outras áreas”, relata Segal. 
O surgimento das doenças entre os homens, é de 5 a10 vezes menor que a incidência entre as mulheres,  mas o impacto na vida do doente e dos familiares é desastroso em todos os casos.


“Apesar de cerca de 45% das crianças de ambos os sexos em idade escolar quererem ser mais magras e 37% tentarem perder peso, somente uma pequena proporção delas desenvolvem um transtorno alimentar. Vale ressaltar, no entanto, que alguns traços presentes na idade escolar são considerados fatores de risco para o surgimento dos transtornos alimentares na adolescência, alertando o profissional de saúde que atende crianças para reconhecer e investigar estes traços ainda insipientes.” (Appolinário  e Claudino, 2000) 

Os sinais e sintomas mais evidentes são o medo de engordar e as mudanças no comportamento alimentar. As mudanças se caracterizam pela recusa de alimentos, no caso da anorexia,  ou  pelo  comportamento  compulsivo  ao  se  alimentar  seguido  da  tentativa  de eliminar o que foi ingerido, provocando o vômito ou usando laxantes, por exemplo, no caso da bulimia.

Debata em sala de aula, após assistir ao vídeo 

  • Você acha que os meios de comunicação e a mídia influenciam a maneira como você se vê?
  • Você acha que os adolescentes são influenciados por quais tipos de padrões de beleza?
  • Em sua opinião, a sociedade discrimina as pessoas diferentes dos padrões de beleza estabelecidos?
  • De que forma o organismo do indivíduo enfermo responde as agressões causadas pela
    doença?
  • De acordo com a entrevistada por Márcia Neri, o que podemos concluir? "Tinha 19
    anos quando desenvolvi a bulimia. Meu peso era normal, mas me via enorme diante
    do espelho. Tinha um histórico de dietas e depressão e via na comida uma forma
    de descarregar minhas insatisfações e frustrações. Como desejava um corpo
    perfeito, passei a tomar laxantes para compensar o que comia
    ". 

Bibliografia

  • APPOLINARIO, José Carlos; CLAUDINO, Angélica M. Transtornos
    alimentares.
     Rev. Bras.
    Psiquiatr.
    ,  São Paulo ,  v. 22, supl. 2, Dec.
    2000 .   Disponível em

    <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600008&lng=en&nrm=iso>.
    Acesso em   21 de maio de
     2014.  
  • NERI, Márcia. Obcecados pela magreza. Disponível em< http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=36559>.
    Acesso em   21  de maio de  2014. 
  • Vídeo: Trabalho de psicologia: bulimia e anorexia, disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=uzfdKM_Cu30>, acessado dia 21 de maio de 2014.

 Autoria:

Professores: Antônio Fernando Souza Pimenta e Christina Ferreira Gonçalves

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Macacos: ser ou não ser? Do racismo à evolução biológica.

                       

  Macacos: ser ou não ser?Do racismo à evolução biológica.

Recentemente, um ato de racismo ocorreu em um jogo de futebol envolvendo um famoso jogador brasileiro. O racismo se manifestou quando uma banana foi lançada ao campo onde o jogador se preparava para cobrar um escanteio, o ato sugeria: “você é um macaco”!
Quais seriam os motivos por trás de tal gesto? Foi um ato de racismo? Desespero de uma torcida mal educada em meio a uma disputa do futebol?
O bom desse evento foi ter reacendido o debate: qual é a nossa semelhança com os primatas?
Saindo dos holofotes da mídia e tomando por base o conhecimento científico, podemos com certeza afirmar que o atirador de bananas pouco conhece sobre a genética humana, afinal TODO SER HUMANO possui 98,5 % de similaridade gênica com os primatas (1,2), e não só os de pele mais escura, como no caso o jogador Daniel Alves.  Além do mais, esta parece ser uma comparação superficial, afinal, o ambiente cultural do homem pode ser considerado mais rico que o dos primatas. Sob outro olhar, nós humanos seríamos apenas “o ponto mais desenvolvido de uma tendência do grupo taxonômico” ao qual pertencemos (2).

“Entre todos os mamíferos, os primatas distinguem-se como os animais que obtiveram maior êxito evolutivo. Uma de suas subordens, a dos antropoides, inclui o homem, de estreitas afinidades estruturais e bioquímicas com os demais,[...].” (3)  



 


 Consequências da polêmica: o caso foi registrado pelo árbitro do jogo como racismo, o torcedor banido do estádio de futebol e o Facebook bombou com a campanha “#somostodosmacacos”. O fato é que toda essa especulação levanta algumas questões importantes quanto à maneira como nos vemos e o que conhecemos sobre nossos parentescos com outras espécies animais.
Entretanto, existe outra face importante desta discussão. Por exemplo, existem políticas públicas, como as leis 12.711/2012 (Lei das cotas raciais) e a 1.390/ 51 (Lei contra o racismo), que implicam em enquadrar os indivíduos em padrões de acordo com a cor de sua pele. Consequência e causa de uma tentativa de divisão da população com relação à cor da pele, o que ‘justificaria’, dentre outras coisas, a exclusão de negros do mercado de trabalho ou do ensino superior público.
Mas, o que distingue a cor da pele? A pesquisadora Luciana Miot e seus colaboradores (2009) nos explicam:

acredita-se que as variações, na cor da pele, sejam ganhos evolutivos e estejam relacionadas com a regulação da penetração da radiação ultravioleta (RUV). A cor da pele humana normal é principalmente influenciada pela produção de melanina, um pigmento castanho denso, de alto peso molecular, o qual assume o aspecto enegrecido, quanto mais concentrado”. (4)

Também é importante saber que o pigmento caroteno (amarelo), a síntese de vitamina D na pele, a degradação de ácido fólico pela RUV, a resistência à exposição solar e variados elementos culturais são fatores que, juntos, interferem na cor da pele em diferentes locais do planeta.

Este ato de racismo demonstra que não só em nosso país existe segregação quanto à cor da pele. Também é perceptível que as políticas adotadas pelo governo brasileiro ao invés de solução do problema, acabam criminalizando ou criando paliativos de curto prazo. Do ponto de vista científico, não é possível visivelmente determinar a porcentagem negra ou branca de alguém. Geneticamente falando, isso só é possível mediante um exame de DNA.


  
Questão para debate:
Em grupos, discutir e montar uma tabela identificando as pessoas por características biológicas diversas, como por exemplo: cor de pele, cabelos, olhos etc. Depois analisar estes resultados e calcular qual é o grupo dominante em sala de aula. Fazer o mesmo levando em consideração as características socioeconômicas, como por exemplo: onde moram, renda familiar, onde estudam etc.
Ao final compare o resultado das duas tabelas. O que se pode concluir?



Bibliografia utilizada:
(1)   http://www.pnas.org/
(6)   MIOT, Luciane D.B. et al. Fisiopatologia do melasma. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2009. Veja em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000600008
Imagens de reprodução da internet.

Autoria
 Maria Júlia Lima – 
(Licencianda em Ciências Biológicas –
 UFRJ / CCS / FE; Bolsistas PIBEX – UFRJ).





segunda-feira, 12 de maio de 2014

Olha a Bio Semana aí !


Bio Semana

 Hoje, o Clipping tem o prazer de divulgar a XVIII Biossemana, que acontece entre os 12  e 16 de maio no Centro de Ciências da Saúde, na Ilha do Fundão. 


A Biossemana


              A semana de Biologia da UFRJ – Biosemana – é um evento acadêmico que reúne anualmente alunos de Graduação e Pós-Graduação do curso de Ciências Biológicas, além de estudantes do Ensino Médio interessados por Biologia! Esta semana consiste em cinco dias de troca de conhecimento e experiências nas áreas acadêmico-científica, educacional e de extensão, através de metodologias diversificadas e desenvolvidas pelos próprios alunos.

          A Biosemana foi criada em 1996 e a cada ano torna-se mais conhecida e difundida no meio acadêmico carioca. Desde a sua idealização, a semana de Biologia da UFRJ cresceu em participação, solidificou sua identidade e ganhou credibilidade na Universidade, sendo considerada hoje um evento oficial do Instituto de Biologia. Atualmente, suas principais atividades são palestras, minicursos e mesas redondas, que tratam de temas relacionados à ciência e educação. Além disso, os mais variados temas são apresentados e discutidos através dos Biodrops e Vídeos-Debate. Por fim, ainda temos as oficinas, que englobam atividades de todos os tipos como dança, música, fotografia, etc.

          A Biosemana também se apresenta como uma tentativa de estímulo à extensão universitária. Palestras que tratam de temas integradores e atuais estão sendo organizadas, fornecendo uma base teórica para que os participantes reflitam sobre o papel social de uma Universidade. Estamos desenvolvendo uma programação variada e convidativa, que façam com que a sociedade tome ciência do que é feito aqui!

    








segunda-feira, 5 de maio de 2014

DROGAS SINTÉTICAS OU NATURAIS... EXISTE MESMO UMA DIFERENÇA ENTRE ELAS?

DROGAS SINTÉTICAS OU NATURAIS... EXISTE MESMO UMA DIFERENÇA ENTRE ELAS? 




A fabricação de drogas naturais é feita a base de plantas. Para tal, exige conhecimentos de cultivo, de cuidados no transporte e logística para chegar ao seu local de produção, e aos locais de venda. A cocaína, por exemplo, é feita a partir da utilização da folha de coca, a qual possui propriedades analgésicas. A maconha é produzida utilizando uma planta do gênero cannabis. Outro exemplo ainda é a fabricação da heroína, onde se utiliza a flor de papoula. Logicamente estas plantas funcionam somente como matéria prima de tais drogas já que a elas são adicionadas outras substâncias químicas.


Drogas sintéticas são feitas com produtos químicos artificiais que produzem o mesmo efeito das drogas naturais. Por se tratar de substâncias, em grande parte, utilizadas na fabricação de remédios, acabam circulando livremente e, para piorar são vendidas em embalagens de incenso ou na forma de sais de banho, o que torna mais difícil a sua apreensão pelos órgãos competentes. Como exemplo, podemos citar a substância CP 47497, que é um canabinóide sintético que imita os efeitos da maconha. Esta substância foi desenvolvida em 1980 pelo laboratório Pfizer para estudos científicos. Outro exemplo é uma mistura de MDPV (metilenodioxipirovalerona) e mefedrona, duas substâncias que produzem efeitos similares aos da cocaína, que são a estimulação do sistema nervoso central e consequente euforia, só que em maior intensidade.


Já no caso da heroína foi desenvolvido o krokodil, desenvolvido pelos russos. Seu princípio ativo é a codeína, um analgésico que é vendido legalmente sendo amplamente receitado para fortes dores. Quando exposta ao calor com outros ingredientes como thinner, ácido clorídrico, iodo, gasolina e fósforo, se transforma num líquido que o usuário coloca na seringa e injeta necrosando o local que se torna esverdeado, o que justifica o seu nome.




Partindo da afirmação abaixo, discuta os efeitos negativos do uso desses dois tipos de drogas:
 “As pessoas acham que, se você pode adquirir essas drogas legalmente, devem ser seguras. Mas elas podem ser muito mais nocivas do que as tradicionais", diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Para se ter uma ideia, numa análise feita pela polícia científica do Estado americano de Kansas com 100 pacotes de maconha sintética de diferentes fabricantes, concluiu-se que, em alguns casos, os canabinóides sintéticos usados eram até 500 vezes mais potentes do que o THC, princípio ativo da maconha.”


Fonte:


Autores:

 Katia B. Favacho e Silvia Resende

Professoras que participaram do curso “Mergulho no corpo”.