Get me outta here!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

IMIGRAÇÃO E ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA. O que você pensa sobre isso?



O mundo tem passado por graves problemas econômicos que geram guerras e disputas por territórios, desemprego e miséria. Por esses e outros fatores muitas pessoas têm abandonado seus países em busca de um local onde existam condições melhores para viverem, com emprego, saúde e melhor qualidade de vida. O Brasil é um dos países que mais recebem imigrantes no mundo. Mas o número de pessoas procurando melhores condições de sobrevivência é muito alto e, muitas vezes, ao invés de encontrarem uma solução, essas pessoas encontram dificuldades ainda maiores.


Numero de Haitianos chegando ao Acre não cessa



''Fonte da imagem: http://www.oaltoacre.com/numero-de-haitianos-que-procuram-o-acre-nao-cessa-chegam-20-por-dia/


O que é imigrante?
Imigrante ou migrante  é aquele que imigra, ou seja, aquele que entra em um país estrangeiro, com o objetivo de residir ou trabalhar. O imigrante é visto pela perspectiva do país que o acolhe, ou seja, é o indivíduo que veio do exterior, o estrangeiro.

Fonte:   http://www.significados.com.br/imigrante/


O Brasil é um país em desenvolvimento e comparativamente possui condições melhores do que outros países da América Latina e da África. Com falsas promessas empresas têm atraído muitos imigrantes que, por entrarem ilegalmente no país, se deparam com muitas dificuldades e são submetidas à exploração de sua força de trabalho.
 
Pelo alto número de migrantes que chegam em busca de emprego, para subsistência própria e da família, e pela competição que disso resulta, acabam por aceitar condições análogas a escravidão, com jornadas de trabalho de mais de 10h por dia, podendo trabalhar até um dia inteiro, sem descanso. Não bastasse a superexploração do trabalho, vivem em moradias precárias ou no próprio local de trabalho, muitas vezes sem acesso a saneamento, amontoados, sem água potável, tendo pouca alimentação e sofrendo violências variadas.

Muitos imigrantes não possuem documentos por entrarem ilegalmente no país, o que é um agravante no seu processo de estabelecimento. Para trabalharem legalmente, as empresas pedem documentos que eles não possuem. Dessa forma, são empurrados para empresas que contratam trabalhadores clandestinos. Podemos citar como exemplo as “senzalas bolivianas”, na verdade oficinas de costura onde os imigrantes ganham muito pouco pela hora de trabalho, e para sobreviverem precisam se “autoescravizar”, isto é, trabalhar um número absurdo de horas por dia, em ambientes inadequados e em condições desumanas.


“Homens e mulheres submetem-se ao trabalho forçado como modo de subsistência: sem condições de atender às necessidades básicas de sobrevivência e não usufruem das garantias sociais a que têm direito, trabalhadores são recrutados por firmas e/ ou intermediários que os veem como fragilizados e vulneráveis, capazes, assim, de aceitar uma situação de exploração”, aponta a Cientista Social Marineis Merçon (2015), que estudou o caso da Zara, fabricante de roupas.

 Desde o reconhecimento do trabalho escravo em 1995, muitos órgãos e ações foram tomadas  para combater a escravidão moderna. O Ministério do Trabalho e Emprego brasileiro criou nesse mesmo ano o Grupo Especial de Fiscalização Móvel, responsável por fiscalizar as condições de trabalho e libertar os escravos. Em 2008, foi criado o Segundo Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, seguido pelo Projeto Qualificação – Ação Integrada do Ministério, onde os imigrantes e escravos poderiam obter capacitação profissional para se inserir no mercado de trabalho.

Há quatro anos ocorreu a libertação dos imigrantes escravos da empresa Zara (empresa do setor têxtil, isto é, fabricação de roupas), e a partir daí, até os dias atuais muitos projetos, leis e órgãos tem sido criados e aperfeiçoados para que o número de imigrantes escravos diminua e, principalmente, para que esses possam se inserir no mercado. Este ano o Brasil completou 20 anos de combate ao trabalho escravo e atingiu a marca de 47 mil trabalhadores resgatados! Apesar disso, o problema não só persiste como tem se ampliado pelo mundo. 

 Fonte: Trabalho escravo contemporâneo : 20 anos de combate (1995 – 2015)



QUESTÃO PARA DEBATE:
O que você acha da escravidão em pleno século XXI?
Quais as possíveis soluções para esse problema?

Para ampliar sua pesquisa:
VILELA, Soraia. Brasil atrai grande número de imigrantes bolivianos. Disponível em <http://www.boliviacultural.com.br/ver_noticias.php?id=53> Acesso em: 12/12/15.

MERÇON, Marineis. Imigrantes Bolivianos no Trabalho Escravo Contemporâneo. In: REVISTA DO CEDS. Periódico do Centro de Estudos em Desenvolvimento Sustentável da UNDB.  N. 2 – Volume 1 – março/julho 2015. Disponível em <http://www.undb.edu.br/publicacoes /arquivos/revceds_n_2_imigrantes_bolivianos_e_trabalho_escravo_contemporaneo_caso_zara_marineis_mercon.pdf> Acesso em 12/12/15.

Repórter Brasil/SINAIT . Trabalho escravo contemporâneo : 20 anos de combate (1995 – 2015). Disponível em: <http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2015 /02/ folder20anos_ versaoWEB.pdf> Acesso em 12/12/15.

Repórter Brasil. Imigrantes Haitianos são Escravizados no Brasil. Disponível em http://reporterbrasil.org.br/2014/01/imigrantes-haitianos-sao-escravizados-no-brasil/>.Acesso em 14/12/15.


AUTORIA:

Jacykaysla Pacheco da Silva - Licencianda em Ciencias Biologicas/UFRJ - PIBEX






segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Superatletas dependem de anabolizantes?


A polêmica sobre o uso de anabolizantes reapareceu depois do caso de doping da seleção de atletismo da Rússia. Para se conseguir uma forma ideal ou um corpo que consegue ser mais “potente” e com maior desempenho é constante ver o uso de anabolizantes por atletas e outras pessoas que buscam o corpo perfeito. Entretanto, nem sempre os usuários compreendem o risco que isso pode acarretar. Ter cautela é um bom lema.

Os chamados ‘esteróides anabolizantes’ são drogas fabricadas para substituírem o hormônio masculino testosterona, fabricado pelos testículos. Eles ajudam no crescimento dos músculos e no desenvolvimento das características sexuais masculinas, como: barba, voz grossa etc. Como medicamento são utilizados em pacientes do sexo masculino para tratamento de deficiências na produção de testosterona. Os principais medicamentos esteróides anabolizantes utilizados no Brasil são: Durasteton, Deca-Durabolin e o Androxon®. Todos são vendidos com prescrição médica. Infelizmente, muitos praticantes de esportes e pessoas que buscam o corpo perfeito estão fazendo o uso indevido desses medicamentos, o que é considerado ilegal, principalmente para a criação dos chamados superatletas.







O uso dessas substâncias não começou nos dias atuais. Essa pratica é feita pelos esportistas há muitos anos. Baseado nos resultados de desempenho dos atletas, e para a fiscalização mais rigorosa das autoridades esportivas, após as competições, se convencionou realizar o exame de doping. No início dos testes anti-doping  foi constatado que várias atletas faziam o uso de anabolizantes, substâncias ilícitas no caso de competições, pois comprovadamente aumentam a performance. Ao longo dos anos, o teste se tornou obrigatório em competições oficiais, com a realização de exames antes e depois dos eventos. Porém, há algumas maneiras dos atletas e treinadores físicos burlarem essa lei.
Doping -Substância química ilegal que, ministrada num atleta, aumenta e melhora seu desempenho físico numa competição.
http://www.dicio.com.br/doping

Além dos efeitos sobre desempenho e força, estudos com usuários de EAs (esteroídes anabolizantes) também têm observado aumento de dois a cinco quilogramas no peso corporal de atletas, sendo esse diretamente relacionado ao aumento de massa magra e tamanho muscular (GIORGI et al., 1999). Esses resultados podem ser atribuídos ao aumento (hipertrofia) e à formação de novas fibras musculares, chamada de hiperplasia (KADI, 2000). O uso frequente de anabolizantes ao longo dos anos pode trazer diversos malefícios à vida do usuário.

Um estudo feito em 2007 por discentes da FAMERP/SP, docentes da UNIFEV/SP e da UNITRI/MG, mostra que apesar de todos os efeitos colaterais existe a possibilidade dos EAs terem capacidade de auxiliar na regeneração de músculos esqueléticos, dando velocidade à regeneração de fibras danificadas. Em estudo, e mesmo que seu uso seja comprovado para tal fim, ainda assim, será necessário o acompanhamento médico, com uso restrito.

É comum os adolescentes e pessoas que buscam o corpo perfeito, de forma rápida, recorrerem ao uso de anabolizantes. Mas o corpo perfeito poderia ser alcançado de forma natural, com alimentação correta e atividades físicas com acompanhamento do profissional de educação física.



Questões para debate.

Vale a pena prejudicar o corpo com o uso de anabolizantes para ganhar uma competição?

Discuta as vantagens e desvantagens de suplementos vitamínicos e anabolizantes usando a imagem abaixo:







Autoria : Juliana Lima de Asevedo / Licencianda em Ciências Biológicas UFRJ


Bibliografia



DA SILVA, Paulo Rodrigo Pedroso , et al. Esteróides anabolizantes no esporte . ARTIGO DE REVISÃO . Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v8n6/v8n6a05.pdf> Acesso em 03/12/2015.

CENTRO BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS PSICOTRÓPICAS. Esteroídes Anabolizanrtes. Disponível em <http://www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/ esteroides_anabolizantes.htm> Acesso em 03/12/2015.



 TAVARES, Fernando A.G, et al. Atuação dos esteróides anabolizantes na regeneração músculoesquelética .ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO. Disponível em< http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-15-3/IDN264.pdf> Acesso em 03/12/2015.


DO CARMO, Everton Crivoi, et al. Esteróides anabolizantes: do atleta ao cardiopata. Artigos e Materiais de Revistas Científicas. Disponível em<   http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/40620/S1983-30832012000200015.pdf?sequence=1> Acesso em 03/12/2015.



Deixe seu comentário